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Quem é o delegado de Indaiatuba preso por extorquir comerciantes? Quem é o delegado de Indaiatuba preso por extorquir comerciantes?

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Quem é o delegado de Indaiatuba preso por extorquir comerciantes?

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José Clésio Silva de Oliveira Filho, delegado de 51 anos da cidade de Indaiatuba, foi preso recentemente sob a acusação de extorsão e chantagem a diversos comerciantes locais. As quantias exigidas variavam entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões. Clésio, que é membro da Polícia Civil desde 2010, atuava como assistente no 1º DP (Distrito Policial) de Indaiatuba desde março de 2021 e foi nomeado titular da unidade em janeiro do ano passado.

O delegado e sua ascensão na carreira

Durante seu tempo à frente do distrito, Clésio foi promovido à 1ª classe pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por merecimento, em agosto de 2023. No mesmo mês, ele ganhou destaque na mídia e concedeu várias entrevistas após ser responsável pela investigação da morte de um empresário agredido na Festa do Peão da cidade.

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O esquema de chantagem a empresários

Segundo informações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP (Ministério Público), Clésio liderava um grupo que, em um ano, extorquiu pelo menos 10 empresários locais. A operação conjunta com a PM (Polícia Militar) que resultou na prisão do delegado e de seus cúmplices também revelou que um dos suspeitos tentou fugir, mesmo estando algemado.

A resposta da defesa do delegado

Quando procurada pela EPTV Campinas, a defesa do delegado optou por não se manifestar, tendo em vista que os autos do processo encontram-se sob segredo de justiça. A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) também não se posicionou. Este artigo será atualizado assim que recebermos uma resposta oficial.

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A sala de extorsão

Durante a coletiva de imprensa em que detalhou o funcionamento do esquema criminoso, o promotor Paulo Carolis explicou que uma das salas do 1º DP foi usada por Clésio e outros policiais para ameaçar e exigir dinheiro das vítimas.

> “É uma sala que nós chamamos de ‘sala de extorsão’, onde drogas foram colocadas na mesa e uma vítima estava algemada com claros indicativos de ‘aceita o acordo ou essas substâncias ilícitas serão suas’”, afirma Carolis.

Além de Clésio, dois investigadores, um escrivão, dois guardas-civis e três advogados foram presos na operação. De acordo com os promotores do Gaeco, o grupo invadia estabelecimentos e recolhia bens e valores dos comerciantes de Indaiatuba, que atuavam em diversos setores, como roupas e carros.

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Os crimes e seus métodos

Conforme apurado pelo MP, os crimes eram praticados com decretação de prisões abusivas, utilizando a atuação específica da polícia judiciária. Boletins de ocorrência falsos, inquéritos e relatórios investigatórios eram usados para sustentar exigências ilícitas de pagamento de vantagens indevidas. Essas vantagens eram vistas como preço de “resgate” da prisão decretada ou como garantia de não investigação.

Além deste núcleo do grupo criminoso, servidores comissionados da Prefeitura de Indaiatuba também foram alvos dos promotores e dos policiais militares do Baep (Batalhão de Ações Especiais) da Polícia Militar. Eles atuavam no contato com os empresários extorquidos para cobrar as propinas. Um deles, inclusive, tentou fugir das equipes mesmo depois de estar algemado.

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Leandro Las Casas

Graduado pela PUC-Campinas desde 2011, atua há 14 anos no Jornalismo, área na qual cobriu sete eleições, participou de grandes coberturas e esteve a frente de podcasts e projetos de assessoria. Começou a carreira na rádio CBN Campinas, onde foi estagiário, repórter e apresentador. No acidade on Campinas, assina matérias e reportagens de todas as editorias desde 2021.

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Nota: Este artigo foi escrito com base em informações disponíveis publicamente, e será atualizado à medida que mais detalhes forem divulgados.

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