Destaque
Operação Chicago – Desvendando o Papel de Cada Suspeito na Organização Criminosa
Introdução
Na manhã de uma terça-feira do final de março de 2024, a cidade de Indaiatuba foi agitada pela Operação Chicago, uma ação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público Estadual (MP-SP). A operação resultou na prisão de diversos agentes públicos e advogados acusados de participar de uma organização criminosa que inventava crimes para extorquir dinheiro de empresários.
O delegado e a organização criminosa
Segundo as investigações, o delegado José Clésio Silva de Oliveira Filho, titular do 1º DP de Indaiatuba, era o chefe da organização criminosa. As acusações indicam que os integrantes da quadrilha atuavam em grupos específicos, denominados células de atuação.
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As células de atuação
As células eram divididas da seguinte maneira:
1. Policiais civis e guardas municipais: Eram responsáveis por invadir estabelecimentos comerciais, forjando flagrantes contra os empresários e realizando apreensões indevidas de bens e dinheiro.
2. Advogados: Faziam a intermediação no pagamento de propinas, contabilizando e transportando o dinheiro, além de cobrar honorários sobre os valores extorquidos.
3. Servidores comissionados: Mantinham contato com os empresários extorquidos para cobrar as propinas previamente acordadas.
> ‘O delegado, neste momento na investigação, é apontado como líder dessa situação porque ele efetivamente assinava os documentos, como relatórios e instauração de inquérito policial. E os elementos são indicativos de que as propinas se destinavam a ele.’, explicou Paulo Carolis, promotor do Gaeco.
A operação em detalhes
A Operação Chicago resultou na emissão de 17 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão temporária (por 30 dias), além da apreensão de 15 veículos. Estima-se que os investigados tenham exigido, pelo menos, R$ 10 milhões de reais em propina desde 2022, para arquivar investigações que eram forjadas pelos suspeitos.
Itens apreendidos
Além dos veículos apreendidos, que serão utilizados para restituir os bens extorquidos das vítimas, documentos e mídias também foram apreendidos na casa dos investigados.
As vítimas
Entre as vítimas, estavam proprietários de estabelecimentos comerciais, como supermercados, lojas de roupas e estacionamentos de veículos.
A quadrilha e seus crimes
De acordo com o Gaeco, o grupo de Indaiatuba fabricava boletins de ocorrência, inquéritos e relatórios de investigação para sustentar a exigência de pagamentos como preço de ‘resgate’ de eventuais prisões decretadas ou garantias de não investigação.
A operação ‘Chicago’
O nome da operação, ‘Chicago’, faz referência à cidade americana dos anos 20 e 30, quando gangsters governavam a cidade ‘à base de violência, desprezando a lei e criando fortunas com os crimes’. Pelo menos 15 promotores de Justiça, 10 servidores do Ministério Público, 94 policiais militares e 19 policiais civis participaram da operação.
O desdobramento da operação
Os desdobramentos da Operação Chicago continuam. Ainda há um foragido e as investigações prosseguem para detalhar melhor as divisões de tarefas dentro da organização criminosa. Até o momento, os crimes investigados incluem extorsão mediante restrição de liberdade, organização criminosa, roubo, furto e corrupção ativa.
Conclusão
A Operação Chicago é um lembrete de que a corrupção não está restrita a altos cargos políticos. Ela pode estar presente em diversos níveis da sociedade, incluindo aqueles que deveriam proteger o cidadão. É fundamental que haja um constante trabalho de investigação e punição para esses casos, garantindo a justiça e a confiança no sistema legal.
Links úteis
* Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco)
* Ministério Público Estadual (MP-SP)
Imagens
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