Notícias
Como um Grupo de Voluntários Pintou Indaiatuba com Esperança — e Transformou a Cidade num Laboratório Vivo de Cidadania
Em um mundo onde a desconfiança parece crescer mais rápido que as cidades, algo extraordinário aconteceu em Indaiatuba na primeira semana de outubro de 2025. Enquanto muitos ainda acreditam que mudar o mundo é tarefa de governos ou celebridades, um coletivo silencioso de cidadãos comuns — professores, artistas, estudantes, mães, pais, idosos e jovens — decidiu que a transformação começa na esquina de casa. Com pincéis, ideias e corações abertos, eles deram vida ao Cores & Conversas, uma iniciativa apoiada pela ONU-Habitat que não apenas coloriu muros, mas redesenhou o tecido social da cidade.
Mas o que torna essa história tão especial? Não foi apenas a escala das ações, nem o carimbo de uma organização internacional. Foi a forma como cada gesto — por menor que parecesse — se entrelaçou em uma teia de pertencimento, educação e cuidado coletivo. Neste artigo, mergulhamos nos bastidores dessa semana transformadora, revelando como Indaiatuba se tornou, por sete dias, um verdadeiro território educativo — e por que esse modelo pode ser a semente de um novo Brasil.
📢 Fique sempre informado! 📰👀
👉 Junte-se à nossa Comunidade no WhatsApp do Notícias de Indaiatuba e receba, gratuitamente, as últimas novidades e oportunidades de emprego. 💼
O Chamado que Nasceu nas Ruas
Tudo começou com uma pergunta simples, quase ingênua: *e se a cidade inteira fosse uma sala de aula?* Francisco Del Giudice, um dos idealizadores do projeto, não esperava respostas fáceis. Mas sabia que, em tempos de isolamento digital e fragmentação social, era urgente reconectar as pessoas — não apenas entre si, mas com os espaços que habitam. Assim nasceu a ideia do Cores & Conversas, um evento que, sob o guarda-chuva do **Circuitos Urbanos 2025** da ONU-Habitat, propôs algo radicalmente simples: transformar praças, escolas, calçadas e centros comunitários em **espaços de aprendizagem intergeracional**.
> “Se cada um fizer sua parte, nem que seja um pouquinho, podemos construir um futuro melhor”, disse Del Giudice durante a abertura. E foi exatamente isso que aconteceu.
A Abertura que Não Foi Só Cerimonial
Na terça-feira, 7 de outubro, a Câmara Municipal de Indaiatuba não recebeu apenas discursos protocolares. Recebeu vozes vivas. Uma mesa composta por educadores, líderes comunitários, representantes de coletivos culturais e jovens ativistas discutiu a pergunta central do projeto: *como tornar a cidade um lugar onde todos aprendem, todos ensinam e todos pertencem?*
Alex Kusselevitc, outro nome-chave da iniciativa, resumiu com precisão poética:
> “As pessoas são pontes. Conexões que nos permitem construir um mundo melhor. Cada gesto, cada ação se transforma em aprendizado, cuidado e pertencimento quando estamos juntos.”
Essa não era uma metáfora vazia. Era o roteiro do que viria nos dias seguintes.
Educação que Sai da Sala de Aula
Escolas como Centros de Inovação Social
Durante a semana, escolas públicas e privadas abriram suas portas — não apenas para alunos, mas para a comunidade. Oficinas de compostagem, oficinas de grafite com temática socioambiental, contação de histórias intergeracional e até sessões de cinema ao ar livre foram organizadas com a participação ativa de estudantes.
Em uma delas, crianças de 8 anos ensinaram adultos a separar resíduos orgânicos. Em outra, idosos compartilharam receitas tradicionais usando ingredientes do quintal comunitário. A hierarquia do saber foi invertida — e com isso, nasceu algo raro: respeito mútuo entre gerações.
Arte como Ferramenta de Transformação
Muros que Falam, Paredes que Ensina
Se você passou por Indaiatuba naquela semana, provavelmente viu muros antes cinzentos agora vibrando com cores, frases e símbolos. Mas não eram apenas murais bonitos. Cada pintura carregava uma mensagem: sobre diversidade, preservação ambiental, direitos humanos ou memória local.
Artistas locais, muitos deles jovens de periferia, foram convidados a co-criar essas obras em diálogo com os moradores. O resultado? Arte que não é imposta, mas **coletivamente sonhada**. Um muro no Jardim Morumbi, por exemplo, agora exibe um painel que homenageia as mulheres quilombolas da região — uma história quase esquecida, agora visível a todos.
Sustentabilidade com Pés no Chão
Do Papel à Prática: Ações que Viram Rotina
Muitos eventos falam de sustentabilidade. O Cores & Conversas a colocou em prática — de forma tangível. Foram montadas **estações de reciclagem criativa**, onde resíduos plásticos viraram brinquedos; hortas comunitárias foram revitalizadas com a ajuda de famílias locais; e até um “banco de sementes” foi criado, permitindo que qualquer morador levasse uma muda para casa.
Mas o mais impactante foi o mutirão de limpeza dos córregos urbanos, que uniu voluntários, agentes ambientais e até alunos de escolas técnicas. Em vez de apenas recolher lixo, eles mapearam os pontos críticos e propuseram soluções de longo prazo — como a instalação de cestos coletores e campanhas de conscientização nas redes sociais.
Cidadania que se Aprende Fazendo
Quando a Participação Deixa de Ser um Dever e Vira um Prazer
Um dos pilares do projeto foi fortalecer o sentimento de pertencimento. Como? Dando poder real às pessoas. Em vez de decidir *por* a comunidade, os organizadores decidiram *com* ela. Reuniões abertas, assembleias de bairro e até uma “roda de escuta ativa” foram realizadas antes e durante o evento.
O resultado? Moradores que antes se queixavam da falta de ação pública agora propõem, organizam e executam. Um grupo de jovens do Parque das Nações, por exemplo, criou um coletivo de mobilidade urbana após perceberem a ausência de ciclovias seguras. Outro, no Centro, lançou um podcast comunitário para dar voz aos pequenos comerciantes.
A Força dos Coletivos Culturais
Redes que Tecem o Futuro
Indaiatuba já abrigava dezenas de coletivos culturais — de grupos de teatro de rua a cozinhas comunitárias. O Cores & Conversas não os substituiu; **potencializou-os**. Muitos desses grupos foram convidados a liderar oficinas, performances e debates, tornando-se verdadeiros **agentes de educação não formal**.
Um exemplo marcante foi o Coletivo Frutos de Indaiá, que organizou uma feira de economia solidária com produtos locais, oficinas de panificação com ingredientes regionais e até uma roda de conversa sobre soberania alimentar. “Nossa comida é nossa identidade”, disse uma das participantes. “Ela nos conecta com a terra e uns com os outros.”
A Infância como Protagonista
Crianças que Lideram, Não Só Participam
Enquanto muitos projetos tratam as crianças como “futuros cidadãos”, o Cores & Conversas as viu como **cidadãs de hoje**. Crianças coordenaram oficinas de brinquedos com materiais recicláveis, lideraram caminhadas ecológicas e até apresentaram propostas para o orçamento participativo infantil da cidade.
“Elas não precisam esperar crescer para mudar o mundo”, afirmou uma educadora envolvida. “Elas já têm as ideias — só precisam de espaço para colocá-las em prática.”
Tecnologia a Serviço da Comunidade
Conectando o Digital ao Presencial
Apesar do foco em encontros presenciais, o projeto também usou a tecnologia de forma estratégica. Um aplicativo simples, desenvolvido por estudantes da Fatec local, mapeou todos os pontos de atividade durante a semana, permitindo que moradores acompanhassem em tempo real onde estavam acontecendo as ações.
Além disso, vídeos curtos foram produzidos diariamente e compartilhados nas redes sociais, não como propaganda, mas como diário coletivo. Um dos mais vistos mostrava um idoso ensinando um adolescente a plantar mandioca — com a legenda: “Sabedoria não tem idade. Tem raiz.”
O Papel da Prefeitura: Apoiar, Não Controlar
Parceria sem Paternalismo
Diferentemente de muitos eventos públicos, a prefeitura de Indaiatuba não assumiu o protagonismo. Em vez disso, atuou como facilitadora: cedeu espaços, ofereceu logística básica e conectou redes, mas deixou a criatividade e a liderança nas mãos da sociedade civil.
Esse modelo de governo colaborativo foi elogiado pela ONU-Habitat como exemplo de como as cidades podem apoiar iniciativas de base sem sufocá-las com burocracia. “Quando o poder público confia na comunidade, a comunidade confia no futuro”, disse um representante da organização durante a cerimônia de encerramento.
O Legado que Vai Além de Uma Semana
Sementes Plantadas, Não Só Flores Colhidas
O grande risco de eventos comunitários é que terminem e tudo volte ao normal. Mas o Cores & Conversas foi desenhado para deixar raízes. Várias das ações se transformaram em **projetos permanentes**: a horta comunitária do bairro Três Irmãos agora tem um calendário mensal de oficinas; o coletivo de grafite foi convidado a participar do plano de revitalização urbana da prefeitura; e as escolas envolvidas já planejam replicar o modelo em 2026.
Mais importante: nasceu uma rede de educadores comunitários — cidadãos comuns treinados para facilitar diálogos, oficinas e ações locais. Eles são o verdadeiro legado.
Por Que Isso Importa para Todo o Brasil?
Indaiatuba não é uma ilha. É um laboratório replicável. Em um país onde a desigualdade, a polarização e o desencanto com a política corroem o tecido social, iniciativas como essa mostram que **a esperança é uma prática coletiva**.
Não é preciso esperar por grandes investimentos ou leis milagrosas. Basta um grupo de pessoas dispostas a agir com intencionalidade, empatia e criatividade. E, claro, um apoio institucional que saiba ouvir.
O Que Podemos Aprender com Cores & Conversas?
1. Educação não acontece só na escola — acontece onde há encontro.
2. Arte não é luxo — é ferramenta de cura e transformação.
3. Sustentabilidade exige ação, não só discurso.
4. Crianças e idosos são agentes de mudança, não apenas beneficiários.
5. A cidade pertence a quem nela participa.
E Agora? O Futuro é Coletivo
A semana terminou, mas a conversa continua. Nas redes sociais, nos pátios das escolas, nas reuniões de bairro, o espírito do Cores & Conversas persiste. Porque, no fundo, o que o projeto revelou é algo simples, mas profundo: **ninguém transforma o mundo sozinho — mas juntos, transformamos o mundo inteiro**.
Indaiatuba não se tornou perfeita. Mas se tornou mais humana. E talvez seja exatamente isso que o Brasil — e o mundo — mais precisa hoje.
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. O que é exatamente o projeto Cores & Conversas?
É uma iniciativa cidadã apoiada pela ONU-Habitat que transforma espaços urbanos em territórios de aprendizagem intergeracional, promovendo ações de educação, cultura, sustentabilidade e cidadania em Indaiatuba.
2. Como uma cidade pode se tornar um “território educativo”?
Ao integrar escolas, coletivos culturais, famílias e poder público em ações contínuas que valorizem o conhecimento local, a participação comunitária e a criatividade como ferramentas de transformação social.
3. Qual o papel da ONU-Habitat nesse projeto?
A ONU-Habitat endossou o evento como parte do programa Circuitos Urbanos 2025, oferecendo orientação conceitual e visibilidade internacional, mas sem interferir na execução local, que permaneceu nas mãos da comunidade.
4. As ações do Cores & Conversas continuarão após a semana do evento?
Sim. Várias iniciativas se tornaram permanentes, como hortas comunitárias, coletivos de arte urbana e redes de educadores locais, com apoio contínuo da prefeitura e da sociedade civil.
5. Como outras cidades podem replicar esse modelo?
Começando com escuta ativa da comunidade, formando alianças entre escolas, artistas e movimentos locais, e priorizando ações simples, concretas e inclusivas — sem esperar por recursos milionários ou aprovação burocrática excessiva.
Para informações adicionais, acesse o site
‘Este conteúdo foi gerado automaticamente a partir do conteúdo original. Devido às nuances da tradução automática, podem existir pequenas diferenças’.
