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Negociações entre Toyota e sindicato – o futuro dos trabalhadores de Indaiatuba
Por Maria Fernanda Lima
A situação dos trabalhadores da fábrica da Toyota em Indaiatuba, São Paulo, está sendo discutida numa série de negociações intensas entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região.
Impacto do encerramento das atividades
O anúncio do encerramento das atividades da Toyota em Indaiatuba, programado para julho de 2026, tem gerado muita preocupação entre os trabalhadores. A falta de acordo acerca dos benefícios oferecidos aos trabalhadores que optarem por transferência para Sorocaba, também em São Paulo, ou que decidirem deixar a empresa, levou a uma greve de cinco dias na unidade que produz o Corolla.
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Desmobilização da linha de produção
A Toyota aproveitou um fim de semana para desmobilizar a linha de produção de partes de peças, que estava atrapalhando a produção do Corolla Cross e do Yaris na unidade de Sorocaba. Segundo o presidente do sindicato, Jair Santos, a empresa contratou uma terceirizada que desmontou a linha, onde cerca de cem trabalhadores operavam. A Toyota negou o uso de helicóptero para essa ação, mas confirmou a transferência de ferramentais de uma unidade para a outra.
Transferências e produção paralisada
Após uma audiência de conciliação inconclusiva no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os funcionários decidiram retornar ao trabalho. Contudo, a empresa concedeu a eles licença remunerada de 16 a 26 de abril, enquanto os empregados de Sorocaba tiveram folga com desconto no banco de horas. Com a produção diária de Indaiatuba sendo de 245 Corollas, a estimativa é que cerca de 2.450 veículos deixaram de ser produzidos durante os dez dias úteis de paralisação.
Estabilidade para os transferidos
Os trabalhadores que aceitarem a transferência para Sorocaba terão estabilidade garantida até 2029, segundo as negociações em curso. O sindicato ressalta a necessidade de garantir a estabilidade desses profissionais, uma vez que o teto dos salários na unidade de Indaiatuba é de R$ 7.470, enquanto o de Sorocaba gira em torno de R$ 4,5 mil, o que seria a média na unidade que será encerrada.
Negociações em andamento
A Toyota e o sindicato têm se encontrado em várias reuniões para alinhar os acordos. A próxima reunião está agendada para 2 de maio. A montadora reitera seu compromisso em manter 100% dos empregos, com as condições salariais, o período de estabilidade e o auxílio transferência.
Benefícios para quem fica e para quem vai
Os profissionais que aceitarem a transferência receberão o equivalente a dois salários mais R$ 10 mil. Além disso, terão ajuda extra de 2,4 vencimentos adicionais e transporte fretado caso optem por continuar residindo em Indaiatuba.
Divergências sobre indenizações
O tópico mais polêmico nas negociações é a indenização dos trabalhadores que decidirem deixar a empresa. A oferta para o Plano de Demissão Voluntária (PDV) é de 35 adicionais mais um salário por ano trabalhado, que pode chegar a até vinte, dependendo do tempo de serviço na empresa. O sindicato, por outro lado, pleiteia o pagamento de oitenta vencimentos, além de 2,5 pagamentos por ano trabalhado, um cartão cesta de benefícios por cinco anos e convênio médico por três anos extensivo aos familiares.
Em conclusão, as negociações entre a Toyota e o sindicato continuam em curso, com muitas questões ainda a serem resolvidas. O desfecho dessas negociações será crucial para o futuro dos trabalhadores da montadora em Indaiatuba.
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