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O Tambor que Não Cala: A Inauguração da Casa de Cultura Mestre Herculano e os 200 Anos do Batuque de Umbigada
Um Espaço para a Alma Brasileira
No coração da cidade de Tietê, uma casa antiga renasce como um farol cultural. No dia 23 de agosto de 2025, a Casa de Cultura Mestre Herculano será inaugurada, marcando o início das celebrações dos 200 anos do tambu mais antigo em atividade no Batuque de Umbigada. Este evento não é apenas uma homenagem ao passado, mas um convite para mergulharmos na riqueza das tradições populares brasileiras.
A construção dessa casa cultural representa algo muito maior do que tijolos e telhados. É um espaço vivo, impregnado pelas memórias e pela energia de quem viveu ali: Mestre Herculano Marçal, sua companheira Irani de Souza, e as histórias de luta, resistência e arte que eles ajudaram a preservar. Será este o lugar onde a cultura popular encontra seu lar?
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O Tambu Mais Antigo do Brasil
Uma Herança de Gerações
Imagine um tambu que carrega consigo mais de dois séculos de história. Este instrumento sagrado, guardado com carinho e reverência, foi passado de mão em mão dentro da família de Mestre Herculano. Ele começou com Mestre Zequinha, seguiu para Herculano e, agora, está sob os cuidados de Mestra Daniela Almeida, filha de Herculano e atual guardiã da tradição.
Mas por que este tambu merece tanto destaque? Porque ele é mais do que um objeto musical — é um símbolo da resistência cultural africana no Brasil. O tambu é testemunha de rodas de batuque, celebrações religiosas, rituais de cura e festas comunitárias que atravessaram gerações. Em setembro, durante a 157ª Festa de São Benedito, ele finalmente se aposentará, abrindo espaço para novos tambores que continuarão a tradição.
O Que Esperar da Programação?
Um Dia Cheio de Magia e Memória
A programação da inauguração promete ser tão vibrante quanto as histórias que ela celebra. Com entrada gratuita, o evento reúne arte, música, teatro e reflexões sobre o papel da cultura na sociedade contemporânea. Aqui estão alguns destaques:
– Oficina de Maracás com Material Reciclável: Conduzida pela Cia Vagamundo, de Indaiatuba, esta oficina ensina a transformar objetos descartados em instrumentos musicais. Uma metáfora perfeita para como a cultura popular dá nova vida ao que foi esquecido.
– Teatro de Bonecos: A peça “As Bravatas do Professor Tiridá na Fazenda do Coronel de Javunda” mistura humor e crítica social, resgatando narrativas pouco conhecidas do interior paulista.
– Roda de Samba: Com Suelen Ferraz e Diego Gigante, de Capivari, esta roda promete unir vozes e corações em celebração à música brasileira.
– Roda de Conversa: O momento mais emocionante será a discussão sobre o “descanso do tambu mais velho”. Mestres e mestras de Tietê compartilharão suas experiências e visões sobre o futuro desta tradição.
Por Que o Batuque de Umbigada Importa?
Raízes Profundas, Ramos Infinitos
O Batuque de Umbigada é mais do que uma dança ou um ritmo; é uma expressão ancestral que conecta o Brasil à África. Originário das comunidades quilombolas, ele é praticado há séculos como forma de resistência e afirmação cultural. Em Tietê, essa prática ganhou contornos únicos, tornando-se referência estadual.
Mas qual é o significado desse movimento tão simples, mas tão poderoso? A umbigada, gesto central do batuque, simboliza conexão, troca e continuidade. É como se cada toque fosse uma ponte entre o passado e o presente, entre os vivos e os ancestrais.
Tietê: Um Berço Cultural
A Pequena Cidade com Grandes Histórias
Tietê pode parecer uma cidade tranquila, mas suas ruas guardam segredos de grandes revoluções culturais. Localizada no interior de São Paulo, ela é conhecida como a terra do Batuque de Umbigada e berço de figuras importantes, como o aviador Alberto Santos-Dumont.
A criação da Casa de Cultura Mestre Herculano reafirma o compromisso da cidade em preservar e valorizar suas raízes. Mas será que outras cidades brasileiras estão fazendo o mesmo? Quantas histórias ainda precisam ser contadas antes que sejam esquecidas?
A Importância da Preservação Cultural
Guardiões da Memória
Em um mundo acelerado, onde tudo parece estar voltado para o futuro, é fácil negligenciar o passado. No entanto, espaços como a Casa de Cultura Mestre Herculano nos lembram que nossa identidade está profundamente ligada às histórias que herdamos.
Preservar a cultura popular não significa apenas manter vivos ritmos e danças, mas garantir que as vozes marginalizadas continuem a ser ouvidas. Como disse o poeta Ferreira Gullar: “A cultura é o que resta quando tudo o mais se perde.” E o que resta aqui é a força inabalável do tambu.
O Papel da Comunidade
Um Convite à Participação
A Casa de Cultura não será apenas um museu estático, mas um espaço dinâmico, onde a comunidade terá participação ativa. Oficinas, apresentações e debates serão organizados regularmente, criando oportunidades para que todos possam contribuir com suas próprias histórias.
Afinal, quem melhor do que os moradores locais para manter viva a chama da tradição? Quando você entra na roda de batuque, não está apenas assistindo — você se torna parte dela.
O Futuro do Tambu
Novos Tambores, Mesma Essência
Com o descanso do tambu mais antigo, surge a expectativa por novos instrumentos que carregarão a mesma essência. Este ciclo de renovação é fundamental para a sobrevivência da tradição. Os novos tambores serão abençoados durante a Festa de São Benedito, em setembro, garantindo que a linha da herança continue ininterrupta.
Será que esses novos tambores terão a mesma força e presença do seu predecessor? Ou talvez tragam novas nuances, refletindo as mudanças de nosso tempo?
Conclusão: O Som que Ecoa Além do Tempo
A inauguração da Casa de Cultura Mestre Herculano é mais do que um marco histórico; é um chamado à ação. Ela nos convida a olhar para trás sem nostalgia excessiva, mas com reverência e responsabilidade. Ao celebrar os 200 anos do tambu mais antigo em atividade, estamos honrando não apenas um objeto, mas toda uma herança cultural que moldou o Brasil.
Que este tambu, mesmo em seu descanso, continue a ecoar em nossos corações e mentes, lembrando-nos de que a cultura é o fio invisível que nos une uns aos outros. E que a Casa de Cultura seja um farol para futuras gerações, mostrando que a verdadeira riqueza de um povo está nas histórias que ele conta — e nas que ainda serão escritas.
Perguntas Frequentes (FAQs)
Quem foi Mestre Herculano?
Mestre Herculano Marçal foi um importante guardião da tradição do Batuque de Umbigada em Tietê. Ele recebeu o tambu mais antigo de seu pai, Mestre Zequinha, e o passou para sua filha, Mestra Daniela Almeida, mantendo viva a herança cultural da família.
O que é o Batuque de Umbigada?
O Batuque de Umbigada é uma dança e ritmo originários das comunidades quilombolas, caracterizado pelo gesto da umbigada, que simboliza conexão e troca. É uma expressão ancestral que conecta o Brasil à África.
Como posso participar da inauguração?
A inauguração da Casa de Cultura Mestre Herculano será gratuita e aberta ao público. Basta comparecer ao local no dia 23 de agosto de 2025 e aproveitar as diversas atividades oferecidas.
Por que o tambu mais antigo está sendo aposentado?
O tambu mais antigo está sendo aposentado após 200 anos de uso, seguindo uma tradição que determina o descanso de instrumentos sagrados. Ele será substituído por novos tambores, que continuarão a tradição.
Qual é a importância da Festa de São Benedito?
A Festa de São Benedito é um evento tradicional em Tietê que celebra a cultura afro-brasileira. Durante a edição de 2025, ocorrerá a bênção dos novos tambores, marcando a transição geracional da tradição do tambu.
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